Vitiligo também afeta cães e gatos; saiba quais os primeiros sinais
O vitiligo, condição caracterizada pela perda de pigmentação na pele, também pode ser encontrado nos cães e gatos
atualizado
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Doença que ganhou maior visibilidade nos últimos anos, o vitiligo é uma condição caracterizada pela perda de pigmentação da pele e dos cabelos, resultando em regiões desprovidas da coloração da melanina. Apesar de não ter a mesma recorrência dos seres humanos, os pets também podem desenvolver a condição.
A disfunção pode se manifestar de maneira localizada ou generalizada. De acordo com o veterinário Diego de Mattos, a condição pode resultar em manchas brancas no pelo. Isso acontece quando o paciente apresenta uma diminuição acentuada, ou mesmo total, dos melanócitos da pele, o que resulta nas leucotriquias (pelo branco ou descolorido).
No organismo, os melanócitos são responsáveis pela produção de melanina, que confere coloração à pele e aos pelos. “Desempenha um papel fundamental na proteção cutânea ao reduzir os danos causados pela radiação solar”, descreve.

Segundo Mattos, acredita-se que o vitiligo tenha causas genéticas. “Mas também pode ocorrer de forma imunomediada”, explica. No segundo caso, o organismo produz anticorpos que atacam os melanócitos, levando a sua destruição e, consequentemente, à perda de pigmentação.
Entre as raças com maior predisposição à condição, estão os cães pastor belga tervuren, além rottweiler e pastor alemão. Apesar de não ser muito comum nos pets, eles também precisam de cuidados com a pele. Entre elas, o especialista destaca a importância do uso de protetores solares, principalmente em exposições prolongadas ao sol.
Quais os primeiros sinais?
Além dos cães, a doença pode estar presente em diversas espécies, como os gatos, os cavalos ou mesmo os bovinos. As manchas brancas ou mais claras se desenvolvem inicialmente ao redor da área dos olhos, nariz e boca.
Mattos alerta que o vitiligo não vem acompanhado de sintomas como coceira ou inflamação, o que distingue a condição de outras patologias dermatológicas. “Em alguns casos, os pelos na região afetada podem clarear ou até cair”, exemplifica Mattos, que atua como professor na Universidade Guarulhos (UNG).
O alerta do especialista é que, caso algum desses sinais aparecem no pet, é importante procurar um veterinário para um diagnóstico preciso e para descartar outras possíveis doenças de pele.